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sexta-feira, 2 de agosto de 2024

POETA MANUEL DE AZEVEDO ATINGIU A MARCA DE MIL POEMAS PUBLICADOS

 


Manuel de Azavedo, Nativo do município de Santana do Matos e atual Morador do bairro de Candelária em Natal-RN alcançou um feito digno de nota com o lançamento do seu novo livro “Universejos”. O livro apresenta vários poemas de estilos bastante variados produzidos ao longo dos anos.

Publicado pela Serrote Preto Edições - Manuel, explica que qualquer lugar é lugar de escrita e que toda hora é hora de fazer poesia. Seus primeiros escritos remontam ao ano de 1995, tempos em que assinava com o pseudônimo Mangará de Macambira. Seja dos tempos da Retreta Poética, passando pelo famoso Breviário Ferroviário, A tragédia do Nyenburg até o recém lançado – Universejos - sua escrita já pode ser considerada patrimônio artístico-cultural-poético potiguar.

Uma obra obrigatória para todos os amantes da poesia. O trabalho celebra e mostra a diversidade no estilo poético e a riqueza literária presente na obra. O livro está disponível no formato digital e é gratuito. Para adquirir basta entrar em contato com a editora pelo e-mail: serrotepreto@hotmail.com

 


quarta-feira, 24 de julho de 2024

LITERATURA DE EXTREMOZ É TEMA DE TRABALHO PRODUZIDO POR ESTUDANTES DO ENSINO MÉDIO

 


Sabemos que a literatura tem um papel fundamental na transmissão do conhecimento e da cultura de um povo. Conhecer sua própria história é imperativo para o desenvolvimento de qualquer sociedade. Com o desejo de conhecer melhor a produção literária da cidade de Extremoz/RN, estudantes do ensino médio pesquisaram grande parte da bibliografia existente sobre a cidade nos mais variados gêneros. O período analisado pelo grupo cobriu quase trinta anos de produção literária. De 1997 a 2024.


A iniciativa aconteceu na Escola Estadual Almirante Tamandaré, localizada no centro de Extremoz, no contexto das trilhas de aprofundamento. As trilhas fazem parte dos itinerários formativos do novo ensino médio.  Consta na parte diversificada do currículo, ocasião em que o estudante tem a possibilidade de escolher a que tem mais interesse ou afinidade. Possibilitando, assim, uma ampliação dos conhecimentos trabalhados em outras áreas. Ou seja, “O conjunto de disciplinas, projetos, oficinas, núcleos de estudo, entre outras situações de trabalho, que os estudantes poderão escolher no ensino médio”. A atividade teve como orientador o Prof. Flávio Aurélio.


A partir dos parâmetros estabelecidos pela base nacional comum curricular (BNCC) de 2017, conhecido também como novo ensino médio, se espera que os estudantes possam ter um papel mais ativo e serem mais protagonistas no processo de ensino e aprendizagem. Com o tema “Progresso Cultural e Literário de Extremoz” os alunos da turma do 3ano “B” Noturno pesquisaram as principais obras publicadas, em Extremoz, e que ajudam a conhecer melhor a história e a literatura local. Entre as obras trabalhadas pelos estudantes podemos destacar: História de Estremoz – Ir. Maria Dionice (1997), Lendas de Extremoz – Simone Maria (2020), Guajuru: registro da indiferença - Juarez Viana (2020), Breviário Ferroviário – Manuel de Azevedo (2023), Extremoz em Prosa: um olhar impertinente – Leandro Soares (2024) e Extremoz em Versos – Valdenor Cordel (2024).


Confira um trecho da apresentação no link


https://www.instagram.com/reel/C91BMIEN-I4/?igsh=MWJtcDAxdXU1aG84aQ==


Um momento muito especial foi a participação de escritores e poetas potiguares como convidados durante a realização da atividade. Destaque para o a escritora Simone Maria – autora da obra Lendas de Extremoz, do poeta Manuel de Azevedo – autor do livro Breviário Ferroviário e do escritor Leandro Soares – autor do livro Extremoz em Prosa: um olhar impertinente. Foi um momento muito rico com troca de experiências e que ajudou a mostrar todo o potencial da literatura produzida em Extremoz nas últimas décadas.


                                      Poeta Manuel de Azevedo em oficina de orientação 


Prof. Flávio e os escritores Simone Maria e Leandro Soares em reunião de orientação 








 

 

domingo, 14 de julho de 2024

LAR DOCE: CAFÉ E POESIA EM UM SÓ LUGAR

 


                                         

Entre um turno de aula e outro sempre procuro um local tranquilo e confortável para ler um livro, bater um papo com os colegas, falar sobre literatura, poesia, entre outros. Ou simplesmente ouvir os próprios pensamentos. A cafeteria Lar Doce tem se tornado destino certo nessas ocasiões. O local se tornou um verdadeiro refúgio de professores, escritores e poetas.  Duas paixões em um só lugar - café e poesia.

Confesso que só conheci a cafeteria após a inauguração da sua segunda loja, talvez, por ficar mais próxima a escola que trabalho. Nada melhor que um local aconchegante e acolhedor para tomar aquele café nos fins de tarde. A cafeteria e restaurante, Lar Doce, é endereço certo para os amantes de uma gastronomia diversa e um ambiente confortável. O atendimento cordial e atencioso é uma marca sempre presente.

            Batemos um papo com uma das responsáveis pelo estabelecimento, Janaina Araújo, natural de Caicó, que falou um pouco sobre a sua trajetória empreendedora e do Lar Doce, local que já faz parte da história gastronômica da cidade. Sua chegada em Extremoz ocorreu ainda em meados de 2016, vinda do coração do Seridó potiguar. Ela e seu esposo, Genivan, se conheceram no contexto da gastronomia. Em 2019, inauguraram a primeira loja no bairro Quinta das Figueiras. Pouco mais de um ano após, era inaugurada a segunda loja no Central Park I, loja inclusive ampliada recentemente com um estilo moderno e com uma decoração intimista que remete a psicoarquitetura.

Entre seus frequentadores mais assíduos está o poeta e escritor, Manuel de Azavedo, que acaba de lançar seu mais novo livro chamado “Poética Op. 61”.  A obra conta com cinquenta poemas inéditos, alguns, inclusive feitos entre um café e outro no próprio Lar Doce. Têm até poema em homenagem as atendentes. Livro gratuito e disponível no link: https://drive.google.com/file/d/1CUhjG9djcNDhjib6KFg55SkskH1pNwWX/view?usp=sharing

Da antiga Vila do Príncipe (atual Caicó) para a terra do Grude, Janaina, falou “que às vezes bate uma certa saudade da sua terra”. Acredito que a melhor forma de lidar com a saudade é transforma-la em literatura ou poesia. Fiquei feliz em saber que em breve a cafeteria pretende dedicar um espaço voltado a literatura. Agradecemos desde já pela acolhida e sucesso sempre.

            Escritores Leandro Soares e Manuel de Azevedo com as atendentes Carol e Roberta

                              Professores Leandro Soares, Filipe Barros e Manuel de Azevedo 


                               Poema escrito originalmente no \Lar Doce e dedicado as gentis atendentes


                                    Poema escrito pelo poeta Manuel de Azevedo         



terça-feira, 2 de julho de 2024

UMA VISITA AO PRIMEIRO SEBO DE EXTREMOZ

 


                                                     

                                                                    Poeta Carlos Magno Foto: Leandro Soares

Mais que um local para a compra e troca de livros os Sebos representam uma verdadeira revolução na democratização da cultura e da literatura. Mesmo com as constantes inovações técnicas e tecnológicas, eles resistem. No Estado temos noticias dos primeiros Sebos remontarem ainda a primeira metade do século XX. Um local de encontros, de bate papo, frequentado por intelectuais e amantes da literatura, trata-se de um espaço vivo e que respira cultura. Essa é a proposta do primeiro Sebo da cidade de Extremoz – o Sebo Menino do Grude. Localizado no bairro Vila Real, é uma iniciativa do Poeta Carlos Magno.

Estivemos visitando o primeiro Sebo da cidade de Extremoz. Na ocasião batemos um papo com Carlos Magno que compartilhou um pouco da sua trajetória com a literatura e sobre as motivações por trás dessa bela iniciativa. Confira alguns momentos desse papo.

 HISTÓRIA COM A LITERATURA

            A literatura entrou na minha vida de uma forma muito interessante, quando morava ainda no bairro de Mãe Luiza na década de oitenta, minha avó, que era doméstica, trazia alguns livros da casa das patroas. Livros usados, velhos e assim foi meu primeiro contato com o mundo dos livros. Claro, a escola e os professores foram grandes incentivadores, assim como minha mãe também. Mas foi por meio do teatro que o contato com o texto e a literatura se aprofundou. Ali mergulhei ainda mais na arte e na literatura. Sou apaixonado por autores como Cecília Meireles e Augusto dos Anjos até hoje. Inclusive fui um dos fundadores da Sociedade dos Poetas Vivos (SPVA) no final da década de noventa.

A IMPORTÂNCIA DE UM SEBO PARA UMA CIDADE

            Além de possibilitar o acesso a cultura e a literatura de forma mais democrática, o Sebo é fundamental para promover o encontro de intelectuais, apresentações culturais, saraus poéticos, um bate papo, um café, um grude, em fim, degustar a literatura em todas as suas facetas. Um espaço para a ampliação do saber.

IDEIA PARA CRIAR O PRIMEIRO SEBO DE EXTREMOZ

Quando cheguei a Extremoz, no contexto de uma pós-graduação em Cultura e Literatura do RN – que estava concluindo na UFRN e dentro de uma necessidade de adquirir e trocar alguns livros - descobri que não havia Sebo na cidade. Assim, tive a ideia de criar o primeiro Sebo na Cidade – inicialmente na minha casa mesmo e comercializando pelas redes sócias. Mas a ideia é abrir um espaço físico no centro de Extremoz.

DESTAQUE PARA AUTORES EXTREMOZENSES

Uma das iniciativas do Sebo é a promoção e a divulgação da literatura produzida em Extremoz. Hoje nos temos muitos autores produzindo em Extremoz e chegando novos autores. Assim o espaço Menino do Grude também surge como possibilidade de congregar toda essa produção literária em um só lugar.

COMO ENTRAR EM CONTATO

            O perfil do Sebo no instagram é @sebomeninodogrude ou direto no Whatsapp (84) 9 8155-5028, falar com Carlos Magno. Está localizado na Rua Dom José, n. 201, Bairro Vila Real em Extremoz.

 



sexta-feira, 28 de junho de 2024

UMA OBRA DE FICÇÃO AMBIENTADA NA ILHA DE FERNANDO DE NORONHA



O Pico - As Crônicas dos Alcanos (vol. 1) é uma obra de ficção que envolve lendas e mitologias ambientadas no arquipélago de Fernando de Noronha. De autoria do escritor noronhense, Ikaro Silvester. Um profundo conhecedor dos aspectos históricos da ilha.

Estivemos visitando a ilha recentemente e aproveitamos para conhecer e bater um papo com o escritor que é nativo da ilha. O bate papo ocorreu na pousada Paraiso do Boldró. Um dos melhores lugares para se hospedar na ilha. O casal Rafaela e Deivson são os melhores anfitriões da ilha. Nossa família se sentiu em casa. Já deixamos a recomendação. 

@paraidodoboldro_noronha

Tomei conhecimento do trabalho do Ikaro por meio da exposição A República do Oceano - que está ocorrendo no memorial Marieta Borges, o museu que fica localizado na Vila dos Remédios – Centro Histórico da Ilha – e que reúne um vasto acervo entre documentos, fotografias e painéis que contam e ajudam a compreender a história da ilha. Vale muito a pena conhecer. E o melhor, a entrada é gratuita.

Sobre a origem do livro, O Pico, escrito ainda em 2019, e que integra uma saga épica de seis volumes, Ikaro, conta que “incialmente o livro seria um volume único, inspirado nas lendas da Alamoa e a Luz do Pico”, que são lendas muitos populares no local. Explica que “Ambas as lendas são semelhantes...para alguns historiadores ela é uma lenda só que em duas versões, para outros mitologistas, vão falar que são duas lendas totalmente diferentes, mas com figurações semelhantes. Ambas as lendas se passam próximo ao Morro do Pico”. Ponto mais alto da ilha. Sobre o propósito do livro, explica que “é despertar curiosidade para quem lé, sejam nativos, visitantes ou turistas, procurar conhecer a história de Fernando de Noronha”.

A famosa praia do Sancho, a Baía dos Porcos, a Ilha Rata ou, a tranquila praia do Cahorro – famosos cartões postais da ilha em todo mundo - estão entre as varias  referencias feitas à ilha paradisíaca. Já fica a sugestão literária pata que os leitores possam se aventurar nas disputas entre os chamados Reinos do Mar e nas batalhas entre as casas Bluesea, Silveryn e os Bathory. Povos que compõem parte da dramaturgia presente na coleção. Uma narrativa cheia de referências históricas a Ilha e que revela o talento precoce do jovem escritor. O livro teve uma grande repercussão na ilha e no continente. No momento os exemplares físicos estão esgotados. Mas a boa noticia é que você pode encontrar toda a coleção disponível de forma digital pela Amazon. Basta acessar o perfil do autor na plataforma.

https://www.amazon.com.br/stores/SrIkaroSilvester/author/B07RYJBHRY?ref=ap_rdr&isDramIntegrated=true&shoppingPortalEnabled=true

 

SINOPSE

"Não é exagero, matar por amor...mas as leis desaprovam! Rainha Cordélia cega pelo poder acaba por desonrar a Coroa de Prata, assassinato debaixo do teto anfitrião é caso de maldição eterna...e foi isso que os Deuses enviaram sobre a Casa Silveryn. Uma irmã orgulhosa, um pirata que roubou sua própria filha e...Imortais de Sangue disputando a Coroa e o Majestoso Trono do Pico. Uma jornada emocionante e épica no universo paralelo da Ilha de Fernando de Noronha!

Nascido na Ilha de Fernando de Noronha, Ikaro Silvester é formado em Direção Cinematográfica pela Academia Internacional de Cinema. Trouxe ao mundo uma série fantástica inspirada nas lendas tanto noronhenses como mitos mundiais, coexistindo em um universo único. O Pico é o começo deste mundo.

 

 













quarta-feira, 12 de junho de 2024

ANA CLÁUDIA TRIGUEIRO: LITERATURA COMO CONVOCAÇÃO EMOCIONAL

 

                                                       Escritora Ana Cláudia Trigueiro

O Pedalando na História bateu um papo com a escritora e psicóloga, Ana Cláudia Trigueiro, autora de uma dezena de obras publicadas, livros premiados e adotados em diversas escolas, bem como obras presentes em bibliotecas de todo o estado.

Entre seus livros de maior sucesso está o romance O Mistério do Verde Nasce de 2018 e que já esta chegando na terceira edição. Uma obra ambientada no vale do Cearamirim na segunda metade do século XIX. Sobre esse trabalho que tem presença garantida nas escolas e nas principais feiras literárias do estado, Ana Cláudia, lembra que “Foi uma paixão desde o primeiro instante. Lembro que se iniciou no exato momento em que vi o túmulo de Emma Campbell, a inglesa que está enterrada no alto da colina, por trás da casa-grande do engenho Verde Nasce. A lápide com inscrições em inglês, o enigma sobre quem ela foi, tudo isso me seduziu de uma forma que mal consigo descrever”.

Um ponto marcante é descobrir que a protagonista, na verdade, é a avó materna da autora. Recentemente li a obra pela terceira vez. Inclusive, as duas edições. Foi uma experiência literária completa. Na obra são tratados, em contexto, temas como Revolução Industrial, a escravidão no Brasil, a diversidade religiosa e a condição feminina nos séculos XIX e XX.

Durante nosso bate papo – a escritora disse que os livros foram seus primeiros brinquedos. Eles sempre estiveram por perto.  Como psicóloga, Ana Cláudia, não esconde sua admiração por filósofos considerados Existencialistas, como Sartre, Nietzsche, Soren Kierkegaard. Entre outros. Além desses, pensadores como Sigmund Freud e André Comte Sponville influenciaram profundamente sua formação humanística.

Sobre sua motivação para a escrita, explica que precisa ter alguma emoção como ponto de partida. Positiva ou negativa, não importa. Mas não acredita ser possível produzir literatura a partir da indiferença. Literatura é de outra ordem para mim. É prazer, convocação emocional, explica. 

Confira um bate papo que tivemos com a escritora, Ana Cláudia:

SUA HISTÓRIA COM A PSICOLOGIA E COM A LITERATURA

A escrita profissional aconteceu na minha vida por causa da leitura. Sou, antes de tudo, uma leitora aficionada. Acredito que seja assim com a maioria dos escritores. 

Meus pais nos incentivavam e se esforçavam para que tivéssemos livros em casa. Como papai vendia desde enciclopédias até literatura infantil, sempre tive clássicos, contos de fadas e lendas brasileiras na nossa estante. Os livros foram os primeiros brinquedos. Depois passei a frequentar bibliotecas públicas e pegar emprestado tudo o que me interessava.

Sobre a Psicologia, sempre fui curiosa a respeito do comportamento das pessoas. Porque elas agiam e reagiam de determinada maneira, quais suas motivações para a alegria, tristeza e raiva.

O QUE A LITERATURA PODE FAZER PELO SER HUMANO

A Literatura torna as pessoas melhores. Sou convicta disso. Sem a poesia, o que seríamos? Quando leio Cora Coralina, Adélia Prado, Mário Quintana, Auta de Souza e José de Castro, a vida me parece encantadora! Florbela Espanca e Jeanne Araújo despertam a mulher apaixonada que há mim. Cecília Meireles remete à menina doce e curiosa que fui. Nos últimos tempos, Conceição Evaristo, Ailton Krenak, Sérgio Vaz e a potiguar Ana Paula Campos, foram experiências literárias transformadoras. Sou uma leitora menos alienada por causa deles.

Charles Dickens, que li na adolescência, me trouxe um panorama realista do estado, da sociedade e das instituições religiosas. Isso contribuiu com a minha formação. Sem Dickens, talvez eu continuasse a enxergar a vida com a utopia da infância.

ORIGEM DO LIVRO “MISTÉRIO DO VERDE NASCE”

O Mistério do Verde Nasce vai entrar em sua 3ª edição agora. Foi uma paixão desde o primeiro instante. Lembro que se iniciou no exato momento em que vi o túmulo de Emma Campbell, a inglesa que está enterrada no alto da colina, por trás da casa-grande do engenho Verde Nasce. A lápide com inscrições em inglês, o enigma sobre quem ela foi, tudo isso me seduziu de uma forma que mal consigo descrever. 

A paixão continuou por cada página escrita e reescrita. Foram meses de madrugadas caminhando pelo belíssimo vale do Ceará-Mirim no começo do século XX, ou viajando imaginariamente para a Inglaterra durante a revolução industrial. O longo tempo na companhia dos personagens os tornaram tão queridos quanto amigos. E Ceará-Mirim, que eu só sabia ter sido o lugar onde minha avó passou a infância, virou um local de afeto. A cidade do RN querida do coração.

O QUE MUDA APÓS ESSE RECONHECIMENTO DO SEU TRABALHO

É muito satisfatório ver meu trabalho chegar aos leitores. A gente pensa que os escritores dão vida aos livros, mas é o leitor quem faz isso. Uma história, presa em um livro empoeirado guardado na estante, é como se estivesse morta e enterrada. Como minhas obras vão para as escolas, as professoras entram em contato comigo e isso é bem legal! São trocas prazerosas demais! Entre elas ir até as instituições educacionais, às bibliotecas públicas, feiras de livros... e conversar com os adolescentes.

As premiações fazem parte da rotina de uma escritora profissional. Ocasionalmente participamos de concursos, editais, prêmios literários e, às vezes, a gente dá sorte e ganha algo. É bacana e ajuda a chancelar a qualidade do que escrevemos.

MAIORES DESAFIOS PARA OS ESCRITORES HOJE

Além das questões econômicas, há o desafio de formar novos leitores no país, tendo em vista que, além de um problema histórico, agora nos deparamos com as tecnologias digitais: as distrações e o tempo que ela toma das pessoas em todas as faixas etárias. Ler histórias e poemas, mesmo que, de maneira virtual, não parece tão interessante quanto jogar games ou assistir vídeos engraçados nas redes sociais, por exemplo. Por fim, as I.A.s trazem uma questão ética que chegará para todas as profissões: a de que podemos ser substituídos por máquinas que dominam, de maneira incrível, a técnica e, principalmente, a magia da escrita. 

 

 

 

 

 

 

 

domingo, 26 de maio de 2024

LIVRO HISTÓRIA DE ESTREMOZ DA IR. MARIA DIONICE VAI GANHAR NOVA EDIÇÃO

A notícia foi dada pelo editor do Sebo Vernelho e irmão da escritora, Abimael Silva, em solenidade de inauguração da nova escola de Extremoz que leva o nome da historiadora.

Atualmente as duas edições já lançadas encontram-se esgotadas. A primeira foi lançada ainda em 1997 e a segunda em 2010. Hoje, são considerados exemplares raros.

Segundo Abimael, o objetivo do lançamento dessa terceira edição é "para que as pessoas possam tomar conhecimento do trabalho pioneiro de Dionice em relação a história da cidade de Extremoz". Disse.

Confira trecho

https://www.instagram.com/reel/C7Y4yIcARaE/?utm_source=ig_web_copy_link&igsh=MzRlODBiNWFlZA==

POETA MANUEL DE AZEVEDO ATINGIU A MARCA DE MIL POEMAS PUBLICADOS

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