O bairro da Redinha (Zona Norte da cidade de Natal) é, sem dúvida, um
dos mais ricos em patrimônio histórico e cultural do nosso
estado. Bairro histórico que tem sua origem ligada a colônia de
pescadores, passando pelo cemitério dos ingleses, abriga locais talvez
desconhecidos para grande parte da população.
O sítio histórico e ecológico, Gamboa do Jaguaribe, é um espaço
destinado aos estudos de culturas indígenas e educação ambiental. Há apenas
11km do centro da capital o local conta com uma série de atrativos e atividades
socioambientais que, apesar da falta de apoio do poder público, resistem.
Destaque para sua rica biodiversidade.
Ao ficar sabendo do local e da iniciativa procurei conhecer o lugar o
mais rápido possível. Convidei o colega, Nivaldo (parceiro de pedal), para dar
uma pedalada e desbravar esse espaço. Partindo de Extremoz e seguindo pela av.
Moema Tinoco, após percorrermos os 16km que nos separavam, estávamos à procura
de uma Oca indígena, assim foi a foto que havíamos visto pelas bandas da
internet. O local é muito tranquilo de encontrar e o melhor acesso para quem
vem da capital é pela Av. Dr. João Medeiros Filho (estrada da Redinha).
Fomos recebidos por uma das coordenadoras da reserva indígena, Railda,
que, muito gentilmente, nos mostrou o espaço e as várias possibilidades
educacionais e culturais existentes na Gamboa, como as trilhas ecológicas e o
lago. Ela nos contou que o local tem uma área total de aproximadamente 5
hectares, 70 espécies de arvores, e em torno de 15 tipos de mamíferos
frequentando o espaço. Em funcionamento desde 2016, as ocas indígenas são
verdadeiras salas de aulas em meio a natureza. O local recebe estudantes de
várias escolas para visitas guiadas, mediante agendamento. Muitos grupos de
pedal também já colocaram a Gamboa na sua rota. Maiores informações são
facilmente encontradas no Facebook da reserva.
https://www.facebook.com/gamboadojaguaribe