Já considerou ir de
bicicleta para o trabalho? Se não, o que poderia fazer você mudar de ideia? A
bicicleta combina com a necessidade de locomoção individual, evita aglomeração
no transporte público e promove rápida adaptação ao importante distanciamento social,
entre outros benefícios.
A bicicleta vem sendo um meio de transporte cada vez mais utilizado,
seja para ir ao trabalho, pela prática esportiva do ciclismo, ou mesmo por
lazer. Independentemente do modo de uso os ganhos em termos de qualidade de
vida são diversos. A atividade física pode ajudar na redução de custos por
doenças crônicas o que acaba reduzindo despesas com tratamento de doenças
crônicas. Como aponta artigo publicado pela pesquisadora Renata M. Bielemann da
UFPel na revista brasileira de atividade física e saúde, em seu volume de nº 15.
Segundo a pesquisadora; em relação à atividade
física, muito já se sabe sobre o papel do comportamento ativo na prevenção e tratamento
das doenças crônicas. Especificamente sobre
o envolvimento com o diabetes, um estudo de intervenção em indivíduos não-diabéticos
encontrou uma redução de 58% na incidência de diabetes tipo 2 no grupo de
modificação no estilo de vida – perda de pelo menos 7% do peso e prática de
atividade física de pelo menos 150 minutos semanais – em relação ao grupo
placebo em indivíduos não-diabéticos. Além disso, um estudo brasileiro mostrou que um ano
de intervenção com exercícios foi capaz de reduzir em 25% a utilização de
medicamentos e em 35% os custos ambulatoriais de mulheres hipertensas.
Apesar
das muitas dificuldades encontradas para o deslocamento de bicicleta de forma
segura, como falta de ciclovias, ciclofaixas, ciclorotas, sinalização e,
sobretudo, iluminação durante a noite, o número de usuários das bicicletas tem
aumentado bastante. Segundo levantamento feito pela Aliança
Bike as vendas de bicicletas aumentaram 118% nos últimos meses. Um aumento
bastante expressivo e que se justifica, em alguma medida, na busca por um modal
de transporte barato, biologicamente seguro e com valor agregado em relação a
qualidade de vida. Esse aumento nas buscas acabou, em muitas lojas, inflacionando
os preços tanto das bicicletas como das peças e serviços especializados.
Segundo a Associação de Ciclistas do RN (ACIRN) o certo é que devido ao caos no trânsito das grandes cidades, o
deslocamento por bicicleta para distâncias de até 10 km é viável e se gasta
praticamente o mesmo tempo que o automóvel. Se comparar com o transporte
público então. A falta de respeito e de educação no trânsito ainda é um obstáculo
ao uso da bicicleta, como também a falta de conhecimento do Código Brasileiro
de Trânsito, que, ao
contrário do que muitos acreditam, valoriza essencialmente a vida, não o fluxo
de veículos. Quanto mais incentivo ao uso da bicicleta melhor. A expansão das redes cicloviárias, certamente,
poderia estimular que mais pessoas utilizassem a bicicleta, seja como meio de
transporte, esporte ou lazer. Vamos pedalar?