O nascimento de uma
criança pode ter muitos significados diferentes dependendo da cultura, costumes
e valores envolvidos. A emoção do primeiro choro, o primeiro sorriso e aquela mãozinha
apertando a ponta do seu dedo. O que dizer sobre as sensações causadas por esses
simples gestos? Muitas incertezas povoam nossa mente e novos desafios se impõem.
Talvez a única certeza seja o fato de que a vida não será como antes. Alguns poderão
dizer que a vida ficará melhor, outros que será apenas diferente. Esse momento
realmente mágico, indubitavelmente, traz novo significado a vida dos pais,
sobretudo, os de primeira viagem.
Poder segurar a mão da mamãe
na hora do nascimento e ver aquele pouquinho de gente já chegar chorando e ser
o centro das atenções foi realmente um momento muito marcante. Ver aqueles
olhinhos abertos pela primeira vez cheios de sinceridade e ternura fez acelerar
o batimento cardíaco, tamanha foi a emoção. Mas não vou dizer que chorei,
afinal de contas, chorei mesmo, um pouco, talvez.
Acompanhar e fazer parte
do crescimento de um filho é uma das experiências mais intensas ao lado da
ansiedade em ouvir as primeiras palavras ou os seus primeiros passos. Não vou
nem falar na ansiedade pelas primeiras pedaladas, pois já estou limpando a
corrente da bicicleta da minha pequena Abigail.
Muitas perguntas surgem nesse
momento, carregado de emoção. Pessoas próximas – imbuídas das melhores
intenções – compartilham suas experiências pessoais a fim de reproduzirem um
pouco de seus “experimentos” particulares na nova vida que nasce. Faz parte do
traço cultural, talvez, mas o aprendizado e conhecimento da nova rotina surge
apenas com o próprio convívio e prática, nessa medida, cada experiência é
única.
Pensar que seremos
responsáveis por uma nova vida nesse mundo aumenta o senso de responsabilidade.
Mas, se formos capazes de oferecer amor e as condições necessárias para que nossos
filhos possam viver com dignidade, talvez eles possam buscar, por si mesmos, não
apenas crescimento individual, mas sobretudo, fazer a diferença na vida de
outras pessoas. Como diria o escritor e dramaturgo irlandês Oscar Wilde “Viver
é a coisa mais rara do mundo. A maioria das pessoas apenas existe. ”