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quinta-feira, 10 de setembro de 2020

170 anos da Casa Grande do Engenho Guaporé

     Construída há quase 170 anos (por volta   de 1850) a casa grande do engenho Guaporé guarda uma importante parte da história do Rio Grande do Norte. Com uma arquitetura em estilo neoclássico a opulência da edificação da testemunho de aspectos históricos, políticos, econômicos e culturais dos meados do século XIX no Vale do Ceará-Mirim.

    O prédio foi reformado apenas em 1978 e tombado no ano de 1988. Transformado em museu e batizado com o nome de Nilo Pereira – grande escritor e intelectual potiguar. Sob a responsabilidade da fundação José Augusto o museu encontra-se fechado há quase 20 anos. Em relação ao seu acervo, incluindo mobílias originais do século XIX não está claro seu destino e nem seu real estado de conservação.

    Um patrimônio histórico de valor inestimável que remonta ao período do Brasil imperial e o auge da produção da cana-de-açúcar em nosso estado. O descaso do poder público nas suas várias esferas é evidente. Algumas iniciativas pontuais de parte de alguns agentes de cultura podem ser verificadas, mas ainda estão muito aquém do que é necessário para trazer vida a esse belo casarão.

    Revirando aqui pela internet encontrei alguns trabalhos que resgatam, de alguma maneira, a importância história tanto do município de Ceará-Mirim como, particularmente, do Guaporé. Vale destacar a dissertação de mestrado publicada em 2010 pelo historiador Daniel Betrand pelo programa de pós-graduação em história da UFRN intitulada: Patrimônio, Memória e Espaço: a construção da paisagem açucareira do Vale do Ceará-Mirim. Outros engenhos também são muito bem trabalhados pelo autor. Em 2008, temos o livro do professor Gibson Machado: Ceará-Mirim memória iconográfica. Importante contribuição na preservação do vasto patrimônio histórico e arquitetônico do verde Vale. O próprio Nilo Pereira tem textos fundamentais como o próprio O Guaporé, Entre outros. O autor Anderson Tavares de Lyra, em seu blog, expressa sua mais sincera indignação com essa situação do Guaporé, chegando a afirmar tratar-se de uma verdadeira violência à cultura do nosso estado. Palavras em que me somo integralmente.

    A chamada rota dos engenhos, localizado no município de Ceará-Mirim, distante apenas cinco quilômetros do centro da cidade é sem dúvida um valioso roteiro turístico – não aproveitado - que o tempo leva para cada vez mais longe. Até quando?

 



quarta-feira, 9 de setembro de 2020

Biblioteca pública do estado de portas fechadas

 

    É lastimável a atenção dada a cultura em nosso estado. Criada em 1963 e inaugurada em 1969 durante o governo do Monsenhor Walfredo Gurgel, a biblioteca estadual Câmara Cascudo, a mais antiga da capital potiguar, encontrasse fechada desde o ano de 2012.


    Responsável pelo segundo maior acervo literário do estado – estimado em torno de 200 mil títulos – a biblioteca já vinha em declínio, pelo menos, desde o ano de 2007.


    Após mais de 40 anos de existência (completados ainda no ano de 2009) e sem NUNCA ter passado por uma reforma adequada, até então, seu estado é reflexo de anos de abandono e negligência com a cultura.


    Apenas em 2010 é apresentado o projeto de restauração e reforma completa do prédio. Diversos veículos de comunicação divulgaram o seu fechamento total em 2012 para a tão aguardada reforma. Orçada inicialmente em torno de 3 milhões de reais, a obra não foi concluída. Entre várias interrupções e questionamentos em torno do projeto original, no final de 2018 é realizada uma inauguração parcial, no entanto, a biblioteca permanece fechada ao público até o presente momento e sem uma previsão de abertura.


Por que aprender a jogar Xadrez?


    De origem milenar e com data incerta, o xadrez é considerado por muitos como a ginástica da inteligência. Podendo ser praticado em todas as idades - é na infância que os seus benefícios são notados de maneira mais surpreendente. 

    Há muito se discute a respeito de uma definição mais adequada, sobre se tratar de um jogo (esporte e competição), de uma ciência (técnica, pesquisa e estudo) ou mesmo de uma arte (emoção e felicidade).

    Sem dúvida que o esporte da mente ajuda e muito no desenvolvimento do raciocínio lógico, e não só. A prática enxadrística reflete ganhos em sociabilidade ao estabelecer as relações com os adversários. Estimula a disciplina ao se respeitar as regras e a cordialidade durante as competições. Conhecimentos geográficos, históricos e matemáticos também são mobilizados durante o seu aprendizado. Basta lembrar dos clássicos embates ocorridos entre os campeões Boris Spassky (soviético) e o americano Bobby Fischer durante a guerra fria, por exemplo. Está lançado o desafio. Que tal aprender algo novo hoje?


 

COLEÇÃO “PERSONALIDADES EXTREMOZENSES” TEM SUA PRIMEIRA EDIÇÃO LANÇADA

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