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quarta-feira, 20 de março de 2024

LIVRO: O CHORO DO RIO POR HAILTON MANGABEIRA

 


Um rio tão importante,

Durante sua extensão.

Barragem de Tabatinga

Em Guarapes, o Casarão,

O Solar Ferreiro Torto,

Basta prestar atenção.

(RIOS, 2024, p. 26)

 

Você já pensou na importância dos rios para as cidades? Entendendo essa importância podemos esperar ações que possam ajudar na sobrevivência e na recuperação dos nossos mananciais. Em seu mais recente trabalho do escritor - Hailton Mangabeira - da terra de Alta de Souza, em Macaíba, nos presenteia com um livro em que os personagens principais são os rios Jundiaí, Pitimbu e o Potengi. Assim, somos convidados a navegar pela história e por locais do Rio Grande do Norte guiados pela sua poesia.

A obra está estruturada em blocos temáticos que relacionam a métrica do cordel e os estudos realizados para a concepção do livro. Acredito que um dos grandes méritos do trabalho está em chamar atenção para as ações coletivas em defesa da recuperação desse importante recurso que é a agua, afinal, todos somos responsáveis pelo seu uso consciente. Esse caráter de coletividade se expressa, também, nas parcerias firmadas pelo autor entre outros autores que emprestaram seu talento e ajudam, Rios, a brilhar ainda mais forte. É o caso de uma passagem assinada pelo poeta, Dito Délis, um belo poema chamado O choro do rio. Aqui, lemos de forma emocionante o dialogo entre um homem com um velho – ao voltar de um forró em São Gonçalo do Amarante:

 

Daí então esse homem

Foi se desmanchando em água

Demorei para entender

A cena que apreciava

Mais depois compreendi

Tudo que ele me falara

E de forma decrescente

Jundiaí se fez gente

Pra chorar a sua mágoa.

(RIOS, 2024, p. 41)

 

O texto nos convida e provoca grandes reflexões sobre a importância de ações coletivas para o equilíbrio do meio ambiente. Ajudando a melhorar, isso sim, a relação do homem com a natureza. Encerro essas breves palavras navegando na poesia de Manbageira bem no meio do rio Potengi – passando pelo período colonial até os dias atuais. Rios precisa ser conhecido, lido e que nossos estudantes possam ter acesso e desfrutar desse conhecimento imperativo para sua formação como estudantes.

Foi chamado Rio Grande,

No tempo colonial,

Chamado Rio Salgado,

Pelo povo de Natal

E de Rio Potengi,

Grande referencial.

(RIOS, 2024, p. 61)

 

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