Um rio tão
importante,
Durante sua extensão.
Barragem de Tabatinga
Em Guarapes, o Casarão,
O Solar Ferreiro Torto,
Basta prestar
atenção.
(RIOS, 2024, p. 26)
Você
já pensou na importância dos rios para as cidades? Entendendo essa importância podemos
esperar ações que possam ajudar na sobrevivência e na recuperação dos nossos
mananciais. Em seu mais recente trabalho do escritor - Hailton Mangabeira - da
terra de Alta de Souza, em Macaíba, nos presenteia com um livro em que os
personagens principais são os rios Jundiaí, Pitimbu e o Potengi. Assim, somos
convidados a navegar pela história e por locais do Rio Grande do Norte guiados
pela sua poesia.
A obra está estruturada
em blocos temáticos que relacionam a métrica do cordel e os estudos realizados
para a concepção do livro. Acredito que um dos grandes méritos do trabalho está
em chamar atenção para as ações coletivas em defesa da recuperação desse
importante recurso que é a agua, afinal, todos somos responsáveis pelo seu uso
consciente. Esse caráter de coletividade se expressa, também, nas parcerias firmadas
pelo autor entre outros autores que emprestaram seu talento e ajudam, Rios, a
brilhar ainda mais forte. É o caso de uma passagem assinada pelo poeta, Dito
Délis, um belo poema chamado O choro do
rio. Aqui, lemos de forma emocionante o dialogo entre um homem com um velho
– ao voltar de um forró em São Gonçalo do Amarante:
Daí então esse
homem
Foi se
desmanchando em água
Demorei para
entender
A cena que
apreciava
Mais depois
compreendi
Tudo que ele me
falara
E de forma decrescente
Jundiaí se fez
gente
Pra chorar a sua
mágoa.
(RIOS, 2024, p. 41)
O texto nos convida e
provoca grandes reflexões sobre a importância de ações coletivas para o equilíbrio
do meio ambiente. Ajudando a melhorar, isso sim, a relação do homem com a
natureza. Encerro essas breves palavras navegando na poesia de Manbageira bem
no meio do rio Potengi – passando pelo período colonial até os dias atuais. Rios precisa ser conhecido, lido e que
nossos estudantes possam ter acesso e desfrutar desse conhecimento imperativo
para sua formação como estudantes.
Foi chamado Rio
Grande,
No tempo
colonial,
Chamado Rio Salgado,
Pelo povo de
Natal
E de Rio
Potengi,
Grande
referencial.
(RIOS, 2024, p. 61)
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